Falcão é decisivo em 7° título do futsal Brasileiro

Brasil comemora gol sobre Espanha na final do Mundial de Futsal
Brasil comemora gol sobre Espanha na final do Mundial de Futsal

Aos 35 anos, superando duas lesões e uma paralisia facial, Falcão chegou à Tailândia para disputar a Copa do Mundo de Futsal em uma situação bem diferente da que está acostumado. Protagonista das principais conquistas da seleção brasileira, o ala teve que se ‘contentar’ com o banco de reservas na fase final do Mundial e terminou a competição tendo jogado apenas 37 minutos – menos do que um jogo inteiro.
Mas, mesmo fora de quadra por boa parte do tempo, Falcão de novo foi decisivo para o Brasil. O melhor jogador de futsal de todos os tempos terminou o Mundial com apenas quatro gols e, no entanto, três deles foram essenciais para a conquista do título: os dois contra a Argentina nas quartas de final e o último neste domingo, na final contra a Espanha.
“Estou muito feliz, muito realizado. Eu joguei 37 minutos em toda a competição e, nesses 37 minutos, eu passei por situações que ficaram eternizadas. Fiz quatro gols, três absolutamente decisivos”, declarou o jogador, emocionado após a conquista.

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Falcão encerra participação no Mundial com gol decisivo
Falcão encerra participação no Mundial com gol decisivo

 

A emoção de Falcão se justifica principalmente pela situação em que ele foi para a Copa do Mundo. Com uma lesão muscular na coxa direita, o jogador embarcou para a competição ainda em recuperação e, logo na estreia, contra o Japão, sofreu um novo problema, desta vez na panturrilha esquerda.Com isso, Falcão ficou fora de todo o resto da primeira fase, fazendo intensos trabalhos de fisioterapia para poder retornar na reta final da competição. E assim se fez. Nas oitavas de final, contra o Panamá, o jogador entrou em quadra, fez gol e até protagonizou belíssimas jogadas, que sempre foram sua característica, provando que já estava recuperado.Nas quartas, contra a Argentina, nova superação. Falcão entrou na partida no segundo tempo com uma paralisia do lado direito da face (não conseguia piscar o olho direito) e, mesmo assim, foi decisivo fazendo o gol de empate – quando o Brasil perdia por 2 a 1 – e também o gol que garantiu a classificação para a semi.
Agora, na decisão, de novo foi ele quem salvou o Brasil de uma derrota de virada para a Espanha. A seleção perdia por 2 a 1, quando o craque entrou em quadra e, com um belo chute no ângulo, empatou a partida, forçando a prorrogação para decidir os pênaltis. Por tudo isso, Falcão encerrou sua participação no Mundial satisfeito, mesmo com poucos minutos em quadra e valorizou a participação do grupo em mais essa conquista.
“O fato de ser herói ou não, a gente tem um grupo inteiro de heróis, tenho que agradecer aos médicos e fisioterapeutas que conseguiram me recuperar. Meu maior privilégio poder participar de um momento como esse. Quando me machuquei no primeiro jogo, achei que não iria mais voltar”, comentou o craque, que ainda minimizou a paralisia facial que o atrapalhou na reta final da Copa do Mundo.
“Eu estou aqui com a cara toda torta, mas não estou nem aí. O que importa é que eu estou feliz, meu país está feliz e meu esporte está feliz”, finalizou Falcão, que acumula dois títulos mundiais na carreira e ainda se esquiva do assunto ‘aposentadoria’.
“É uma coisa para se pensar. A gente tem convocação na semana que vem e eu já pedi dispensa porque agora é hora de me cuidar, teve muito estresse nesses dias. Mas estou realizado, claro que quero continuar ganhando, então vamos ver mais para frente”, despistou.
Fonte: espn.com.br

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